É o que as professoras pensam e o que também pensei, lá longe, no antigamente.
Na época, o moderno era o “Método Natural” da Gilda Rizzo, Emilia Ferreiro era incipiente.
Bom, como todas, também tive dúvidas, mas eu e as colegas da escola onde lecionava em São Paulo, sentamos e criamos um jeito de tornar as coisas mais naturais e compreensíveis, menos agressivas, o relato que segue, de maneira rápida, mostra como trabalho o tema desde sempre e dá muito certo.
Não tenho pressa, começo com a tabuada do dois no início de abril e levo aproximadamente todo o mês só para ela, as seguintes vão mais depressa, e outra coisa, lembrando a idade dos pequenos, no 3º ano vou só até a do cinco, mas entrego-os muito bem preparados para darem continuidade no 4º ano às demais tabuadas.
1º passo - A nível oral.
Trabalho o significado da palavra “multiplicar” e “vezes” em Língua Portuguesa com busca ao dicionário e em exercícios variados para identificarem o sentido da repetição;
Em Ensino Religioso, trabalho a Parábola da Multiplicação dos Pães e Peixes (Mc 6, 30-44 = Lc. 9 10-17 = Jo 6 1-a 15) - Fazer a adequação da leitura para o nível de escolarização e melhor entendimento das crianças. Particularmente , gosto da linguagem do Evangelista Marcos, é mais fácil de transportá-la para os pequenos.
Faço a mesma coisa com a palavra vezes em LP e Ciências, busca em dicionário, pesquisa:
- Quantas vezes me alimento num dia?
- Quantas vezes escovo os dentes antes de ir à escola? E depois que volto de lá?
- Quantos banhos tomo em uma semana?
Durante a aula procuro situações para usar a palavra.
Batalho muito para tirar o som “veis”, friso bem a palavras vezes, ela é a chave, repetição.
Para esse trabalho reservo uma semana.
2º passo - Conceito de soma de parcelas iguais.
Na semana consecutiva trabalho adições com parcelas iguais faço-as até o 10, ficam maluquinhos com os cálculos enormes.
Monto o QVL com as casas da dezena e da unidade e as parcelas uma sobre a outra.
Questiono quantas vezes o número aparece em cada adição, brincamos e damos muita risada.
3º passo - A nível concreto
Explico a formação da tabuada do 2 com material concreto, usando papel craft, forminhas de doce grande (para queijadinha), feijões e cola.
Trabalhando na rodinha.
Nesse momento sem nomenclatura.
O número da frente (multiplicando) indica grupos e o número seguinte (multiplicador), indica a quantidade de elementos dentro do grupo.
Colamos para 2 x 1 duas forminhas com dois feijões em cada uma, na resposta colamos 4 feijões um ao lado do outro.
Assim vamos até o 10, sem usar nenhuma anotação grafada.
Deixo secar e penduro na parede o cartaz.
4º passo - A nível simbólico
Explico os sinais e desenhamos as sentenças matemáticas, para 2 x 1 (não uso ainda o sinal de igual a), ao lado desenhamos dois grupos com dois elementos em cada grupo.
Montamos a tabuada, sentença por sentença, sem o sinal de igual a e também sem o resultado, e, ao lado, desenhamos.
Ao lado do desenho escrevemos o resultado.
Faço muitos exercícios de desenhar a tabuada no caderno.
5º passo - Sistematização.
Na rodinha escrevemos a tabuada numa folha de craft, agora completa com números e sinais.
Colamos na parede para que possam consultar e a seguir no caderno.
Finalmente chegamos onde não tem mais jeito é decorar, mas com o uso e, sempre que possível, com consulta, não como no meu tempo de criança quando usávamos um livrinho com as tabuadas e a professora uma régua para dar na nossa cabeça quando errávamos o salteado.
Na época, o moderno era o “Método Natural” da Gilda Rizzo, Emilia Ferreiro era incipiente.
Bom, como todas, também tive dúvidas, mas eu e as colegas da escola onde lecionava em São Paulo, sentamos e criamos um jeito de tornar as coisas mais naturais e compreensíveis, menos agressivas, o relato que segue, de maneira rápida, mostra como trabalho o tema desde sempre e dá muito certo.
Não tenho pressa, começo com a tabuada do dois no início de abril e levo aproximadamente todo o mês só para ela, as seguintes vão mais depressa, e outra coisa, lembrando a idade dos pequenos, no 3º ano vou só até a do cinco, mas entrego-os muito bem preparados para darem continuidade no 4º ano às demais tabuadas.
1º passo - A nível oral.
Trabalho o significado da palavra “multiplicar” e “vezes” em Língua Portuguesa com busca ao dicionário e em exercícios variados para identificarem o sentido da repetição;
Em Ensino Religioso, trabalho a Parábola da Multiplicação dos Pães e Peixes (Mc 6, 30-44 = Lc. 9 10-17 = Jo 6 1-a 15) - Fazer a adequação da leitura para o nível de escolarização e melhor entendimento das crianças. Particularmente , gosto da linguagem do Evangelista Marcos, é mais fácil de transportá-la para os pequenos.
Faço a mesma coisa com a palavra vezes em LP e Ciências, busca em dicionário, pesquisa:
- Quantas vezes me alimento num dia?
- Quantas vezes escovo os dentes antes de ir à escola? E depois que volto de lá?
- Quantos banhos tomo em uma semana?
Durante a aula procuro situações para usar a palavra.
Batalho muito para tirar o som “veis”, friso bem a palavras vezes, ela é a chave, repetição.
Para esse trabalho reservo uma semana.
2º passo - Conceito de soma de parcelas iguais.
Na semana consecutiva trabalho adições com parcelas iguais faço-as até o 10, ficam maluquinhos com os cálculos enormes.
Monto o QVL com as casas da dezena e da unidade e as parcelas uma sobre a outra.
Questiono quantas vezes o número aparece em cada adição, brincamos e damos muita risada.
3º passo - A nível concreto
Explico a formação da tabuada do 2 com material concreto, usando papel craft, forminhas de doce grande (para queijadinha), feijões e cola.
Trabalhando na rodinha.
Nesse momento sem nomenclatura.
O número da frente (multiplicando) indica grupos e o número seguinte (multiplicador), indica a quantidade de elementos dentro do grupo.
Colamos para 2 x 1 duas forminhas com dois feijões em cada uma, na resposta colamos 4 feijões um ao lado do outro.
Assim vamos até o 10, sem usar nenhuma anotação grafada.
Deixo secar e penduro na parede o cartaz.
4º passo - A nível simbólico
Explico os sinais e desenhamos as sentenças matemáticas, para 2 x 1 (não uso ainda o sinal de igual a), ao lado desenhamos dois grupos com dois elementos em cada grupo.
Montamos a tabuada, sentença por sentença, sem o sinal de igual a e também sem o resultado, e, ao lado, desenhamos.
Ao lado do desenho escrevemos o resultado.
Faço muitos exercícios de desenhar a tabuada no caderno.
5º passo - Sistematização.
Na rodinha escrevemos a tabuada numa folha de craft, agora completa com números e sinais.
Colamos na parede para que possam consultar e a seguir no caderno.
Finalmente chegamos onde não tem mais jeito é decorar, mas com o uso e, sempre que possível, com consulta, não como no meu tempo de criança quando usávamos um livrinho com as tabuadas e a professora uma régua para dar na nossa cabeça quando errávamos o salteado.
Espero que ajude
Paula Maria Jorge Peniche de Souza Coelho
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